Vinhos Fortificados Moscatel de Setúbal JOSÉ MARIA DA FONSECA - JMF - MOSCATEL ROXO DE SETÚBAL 1950 - 1950

Opiniões Viniou

O Moscatel Roxo de Setúbal 1950, produzido pela reconhecida casa José Maria da Fonseca, é uma verdadeira joia do património vínico português. Este vinho fortificado, elaborado a partir da casta rara Moscatel Roxo, distingue-se pela sua complexidade aromática única, resultante tanto da uva como da envelhecimento prolongado. O ano de 1950 confere-lhe um carácter excecional, com notas profundas de fruta confitada, mel, frutos secos e especiarias, que envolvem o paladar numa sensação aveludada e elegante. A vinificação tradicional deste Moscatel inclui uma fermentação parcial interrompida pela adição de aguardente vínica, preservando assim os açúcares naturais da uva, seguida de envelhecimento oxidativo em pequenas barricas, o que intensifica a sua concentração e complexidade.

A Península de Setúbal é uma região com uma história vitivinícola marcante, reconhecida desde tempos antigos. O clima mediterrânico, com forte influência atlântica, proporciona verões longos e quentes, ideais para a maturação plena das uvas Moscatel Roxo. Os solos arenosos, pobres em nutrientes, levam a uma baixa produção mas de qualidade excecional, sendo especialmente adequados à produção destes vinhos licorosos e aromáticos que trouxeram fama internacional a Setúbal. A tradição da produção de Moscatel na região remonta várias gerações, com a José Maria da Fonseca a ser uma das casas mais emblemáticas desde o século XIX.

Para harmonizar com este Moscatel Roxo de Setúbal de 1950, sugerem-se sobremesas ricas como tartes de frutos secos, queijos azuis ou foie gras, onde a estrutura e doçura do vinho equilibram a intensidade dos sabores. Doces conventuais portugueses, como a torta de Azeitão ou encharcada do Alentejo, também se revelam ótimos companheiros, elevando a experiência regional.

Para melhor revelar o bouquet aromático e toda a paleta de sabores, recomenda-se servir este Moscatel entre 14-16°C, ligeiramente fresco mas não frio, para preservar a sua elegância e expressividade. Decantar pode ser benéfico para arejar o vinho, dado o número de anos em garrafa. Desfrute calmamente, aproveitando cada momento da prova deste vinho histórico.