Vinhos Bairrada CAVES SÃO DOMINGOS - SÃO DOMINGOS GARRAFEIRA - 1983

Opiniões Viniou

O Cuvée São Domingos Garrafeira 1983 é um vinho tinto de exceção proveniente da Bairrada DOC, uma das regiões vinícolas mais prestigiadas de Portugal. Proveniente da histórica casa Caves São Domingos, fundada em 1937, este vinho representa uma tradição profunda de produção vínica de excelência. 1983 foi uma colheita clássica na região, caraterizada por equilíbrio entre maturação e frescura. O lote típico da Bairrada integra predominantemente a casta Baga, conhecida pelos seus taninos firmes e grande capacidade de envelhecimento, podendo ser complementada por pequenas percentagens de outras castas tradicionais da região, como a Touriga Nacional ou Tinta Roriz. A vinificação deste garrafeira segue métodos tradicionais, com fermentação prolongada e estágio prolongado em madeira e garrafa, que acentuam a complexidade aromática e a profundidade do vinho ao longo das décadas.

A Bairrada é uma região que beneficia de um clima atlântico temperado, com invernos amenos e verões moderados, bastante influenciada pelos ventos frescos vindos do oceano. Os solos argilo-calcários caracterizam-se pela capacidade de reter água, o que, aliado à exposição solar moderada, favorece o desenvolvimento de vinhos elegantes mas estruturados, com notável acidez e potencial de guarda. Historicamente, a Bairrada destacou-se pelo perfil único dos tintos de Baga, que ganham complexidade com o estágio prolongado, e pelos espumantes de referência nacional.

Ao nível dos acompanhamentos, este vinho expressivo e elegante, com estrutura e acidez vincadas, harmoniza perfeitamente com pratos tradicionais da cozinha portuguesa, sobretudo leitão da Bairrada, cabrito assado ou carnes vermelhas guisadas. Também pode acompanhar queijos curados intensos, enchidos artesanais e pratos de caça, como javali ou perdiz.

Para melhor apreciar toda a complexidade do Cuvée São Domingos Garrafeira 1983, aconselha-se decantar a garrafa pelo menos uma hora antes de servir, para permitir a oxigenação e libertação de todos os aromas terciários desenvolvidos ao longo dos anos. O ideal será degustar entre 16-18°C, temperatura à qual revela plenitude aromática e suavidade de taninos. Desfrute desta viagem pelo tempo, com todos os sentidos.